segunda-feira, 9 de setembro de 2013

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SHEKNOWS ENTREVISTA RICHELLE MEAD

Nossa escritora favorita fez mais uma entrevista falando sobre de onde ela tirou a base de sua história e como foi seus dias no set e mais algumas coisas. Deem uma olhada!


SheKnows: Nós queremos começar falando sobre o livro Vampire Academy (e a série toda) para os nossos leitores que podem não conhecer a história, você pode nos dar um resumo?
Richelle Mead: Os livros de Vampire Academy, são baseados em um mito da Romênia que fala que tem dois tipos de vampiros no mundo, o mal, morto-vivo, chupador se sangue que é o familiar na nossa cultura, e outro que é uma raça benevolente, vivos, que não precisa matar pessoas para sugar o sangue. Então peguei essa ideia e brinquei um pouco e criei essa sociedade de vampiros vivem entre nós.
A protagonista é uma garota que é na verdade, meia vampira que treina para ser guarda-costas para os vampiros bons, porque eles são perseguidos pelos malvados. Então, é assim que funciona esse mundo, e o que estabelece a trama principal da história é que essas duas meninas descobrem que há algumas ameaças dentro de sua própria escola que não tem nada a ver com os vampiros do mal, não há mais perigo perto de casa do que eles percebem e minha protagonista também começa a se apaixonar pelo seu instrutor, o que é obviamente um problema, pois é uma relação professor-aluno. Ele é um personagem divertido, é uma espécie de fodã* russo que está tentando ensiná-la a defender a sua melhor amiga. E a partir daí, as coisas ficam cada vez mais complicadas.

SK: Esse mito que você achou é bem interessante, porque não é a maneira que imaginamos os vampiros. Você pode falar mais um pouco sobre a pesquisa que você fez e onde para o mito que já existe e começa a história que você criou?
RM: Meu bacharelado é em artes liberais e genéricas, tive todo o tipo de aula sobre folclores e mitologias, para o desgosto dos meus pais – eles sempre perguntavam: “Que tipo de trabalho você vai conseguir com isso?” – Uma das minhas aulas foi sobre o folclore eslavo e a mitologia do leste europeu, de modo que mergulhei em histórias muito, muito interessantes daquela região e tive uma unidade só para vampiros. E isso sempre ficou comigo, as coisas que aprendi ali. Nós olhamos para isso como um estudo, algo de faculdade: ideias de dualidade, vida e morte e tudo isso. Quando me sentei e pensei: “Vou tentar escrever um romance de vampiros”, eu me lembrei, “oh, a Europa Oriental tem um monte de histórias, será que consigo encontrar algo que fuja do Drácula de Bram Stoker”.
A referência que achei para essas duas raças, os Moroi e os Striggoi, era fragmentada e escassa. Falava um pouco também dos Dhampirs, os meio-vampiros que andavam entre eles. Realmente não tinha muito com o que seguir, mas foi o suficiente para criar esse mundo. Eu diria que a maioria das coisas, sua sociedade – tem toda uma hierarquia real e outras coisas – isso tudo eu criei, bem como esse sistema de guarda-costas que os meio-vampiros estão envolvidos.

SK: Nós estamos muito animados por saber que Vampire Academy vai virar um filme, que estreará em fevereiro de 2014. Como é como autora, ter seu livro transformado em um filme? Nós sabemos que Daniel Waters (Heathers) fez o roteiro, mas você teve alguma participação?
RM: Eu fiquei chocada quando descobri que ele faria, eu não fazia ideia que estava trabalhando até que me disseram “Olha quem fez o roteiro!”, eu sou uma grande fã dele; ele é brilhante e realmente entende o que estou tentando fazer. Eu não acredito em histórias unidimensionais, então os livros não é só ação, ou só romance, ou só comédia, são camadas dentro de camadas. E ele realmente conseguiu fazer isso. E então eu não ajudei em nada no primeiro rascunho, ele escreveu tudo e eu fiquei muito, mas muito satisfeita. Eu estava tão surpresa, porque você nunca sabe o que vai entrar em Hollywood quando o livro vira um filme. Eu estava tipo, “WOW, isso é incrível!”.  Ele entendeu os personagens e a história.
Há mudanças, é claro, seria impossível não acontecer quando está lidando com duas formas de arte diferentes, nada que me faz coçar a cabeça e dizer, “whoa, whoa, o que é isso?”. Ele foi muito respeitoso e fiel com o material de origem. Eu fiz alguns comentários, coisas bem pequenininhas, coisas que eu nem consigo lembrar o que eram, mas ele aceitou e colocou.  Eles foram muito abertos com as minhas intromissões, mas eu não sei se eles precisavam! Eles fizeram um trabalho tão solido e eu estava muito emocionada e surpresa com isso.

SK: Você pode ver alguma parte da filmagem?
RM: Eu fui capaz de fazer uma breve, visita ao set de 2 dias em julho. Estão filmando em Londres, de modo que foi um pouco difícil, pois eu moro em West Coast. Foi uma grande viagem. E eu estou grávida e com outra criança em casa, mas eu pude dar uma olhada. Foi incrível, para mim, que sabe tão pouco sobre Hollywood, quantas pessoas é preciso para fazer isso. E todos eles estão trabalhando tão duro e eles estão todos tão animados com o projeto. É o trabalho deles, mas eles realmente entraram nos personagens, a equipe era muito apaixonada pelo que eles estavam fazendo.
Eles pegaram as coisas que eu tinha imaginado e traçado em meus livros e os transformou em detalhes vívidos. Eles não podem deixar nada ao acaso, como eu posso. Posso dizer no livro, "oh, nós estamos em uma sala de aula" e deixar assim, mas eles têm que ter as carteiras, os livros, os planos de aula. Há tantas coisas pequenas e a equipe era simplesmente fenomenal, eles não encobriram nada. Essa foi, eu acho, o maior choque para mim - essas pessoas eram tão sérias sobre isso,  não era algo que eles estavam apenas fazendo, elas estavam colocando seu coração e alma.


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