terça-feira, 24 de abril de 2012

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AS PRIMEIRAS 10 PÁGINAS DE THE GOLDEN LILY - TRADUZIDO

Olá VAddicts!

Aqui vão as primeiras 10 páginas do primeiro capítulo de The Golden Lily, que o VAcademyBR traduziu para o português especialmente para vocês.

O capítulo tem um total de 20 páginas, que espero em breve postar aqui. Caso alguém queira ser voluntário aqui no site para ajudar com as traduções, será bem vindo. Mas tem de ter inglês fluente, nada de tradução do google, heim, hehe.

Enquanto isso vão pegando o gostinho com as 10 primeiras.

Divirtam-se:


Para meu lindo filho que nasceu no dia que finalizei esse trabalho.


Muitas pessoas gostariam de estar em um abrigo subterrâneo em uma noite assustadora de tempestade. Não eu.

Coisas que eu poderia explicar e definir logicamente não me assustavam. Esse era o motivo de eu ter ficado silenciosamente recitando os fatos para mim mesma conforme descia cada vez mais até o nível da rua. O abrigo foi uma relíquia da Guerra Fria, construída como proteção num tempo onde as pessoas pensavam que haviam mísseis nucleares em cada esquina. A parte de cima do prédio abrigava uma ótica. Essa era a frente. Nada assustador. E a tempestade? Simplesmente um fenômeno natural. Sinceramente, se você ficar preocupado em se machucar em uma tempestade, então seria mais inteligente ir para o subsolo.

Então, não. Essa jornada aparentemente sinistra não me assustaria em nada. Tudo era construído em fatos racionais e lógicos. Eu poderia lidar com isso. Era com o resto do meu trabalho que eu tinha problemas.

Sinceramente, talvez esse fosse o motivo para uma viagem com tempestade não me perturbar. Quando você passou a maior parte dos seus dias entre vampiros e meio-vampiros, os transportando para conseguir sangue, e manter sua existência em segredo para o resto do mundo... bem, isso lhe dá uma perspectiva única sobre a vida. Eu testemunhei batalhas de vampiros e vi proezas mágicas que desafiaria as leis da física que conheci. Minha vida era uma batalha constante em controlar meu horror ao inexplicável e encontrar desesperadamente uma forma de explicar isso.

"Veja onde pisa", meu guia me disse conforme ainda descíamos outros lances da escada de concreto. Tudo que vi até agora foi concreto - as paredes, o chão e o teto. O cinza da superfície áspera absorveu a luz fluorecente que tentava iluminar nosso caminho. Era deprimente e frio, misterioso na sua quietude. O guia pareceu adivinhar meus pensamentos. "Fizemos modificações e expansões desde a construção original. Você verá assim que chegarmos na seção principal.

Certamente. As escadas finalmente se abriram para um corredor com diversas portas fechadas alinhando-se lado a lado. A decoração ainda era concreto mas todas as portas eram modernas com fechaduras eletrônicas mostrando luzes verdes ou vermelhas. Ele me levou ao segundo andar a direita, um com luz verde, e me encontrei entrando numa sala de estar perfeitamente normal, como uma sala de espera que você encontra em escritórios modernos. Carpete verde cobria o chão numa tentativa melancólica de imitar grama, e as paredes eram de um castanho amarelado dando um ar de aconchego. Um sofá estilo puffy e duas cadeiras colocadas em lados opostos da sala, junto a uma mesa com revistas. O melhor de tudo, a sala tinha um balcão com uma pia - e uma máquina de café.

"Fique a vontade," meu guia falou. Eu suspeitava que ele tinha a minha idade, dezoito, mas sua tentativa de deixar crescer uma barba desigual o fazia parecer mais jovem. " Eles lhe atenderão em breve."

Meus olhos não deixavam a máquina de café. " Posso fazer um café?"

"Claro", ele disse. "Qualquer coisa que quiser."

Ele saiu, e eu praticamente corri até o balcão. O café era pré-moído e parecia tão compacto que ele bem que poderia estar ali desde a Guerra Fria. Desde de que tivesse cafeína, para mim estava bom. Peguei um vôo cansativo da Califórnia, e mesmo com parte do dia para me recuperar ainda me sentia sonolenta e com olhos embaçados. Deixei a máquina funcionando e então andei de um lado para outro na sala. As revistas estavam todas bagunçadas, então as arrumei em pilhas.Eu não suportava desordem.

Sentei no sofá e esperei pelo café, pensando novamente sobre o que seria essa reunião. Gastei boa parte da minha tarde aqui na Virgínia me reportando para um par de oficiais alquimistas sobre o andamento da minha missão atual. Estava vivendo em Palm Springs, fingindo ser mais experiente numa escola particular para manter meus olhos em Jill Mastrano Dragomir, uma princesa vampira forçada a se esconder. Mantê-la viva significava manter seu povo fora de uma guerra civil - algo que definitivamente mantinham os humanos fora do mundo sobrenatural que espreitava sob a superfície da vida moderna. Era uma missão vital para os alquimistas, então não estava totalmente surpresa por eles quererem ficar a par. O que me surpreendeu foi que eles não puderam fazer isso por telefone. Não conseguia entender a razão de terem me trazido até aqui.

O café ficou pronto. Eu programei para fazer apenas três copos, o que seria provavelmente o bastante para me manter durante a noite. Tinha acabado de encher meu copinho de isopor quando as portas se abriram. Um homem entrou e eu quase derrubei o café.

"Sr. Darnell, " eu disse colocando o copo de volta. Minhas mãos tremeram. "É - é muito bom vê-lo novamente, senhor."

"Você também, Sydney," ele disse, forçando um sorriso. "Você com certeza cresceu."

"Obrigada, senhor," disse sem saber se aquilo era um elogio.

Tom Darnell tinha a idade de meu pai e cabelos castanhos já grisalhos. Tinham mais linhas em seu rosto desde a última vez que o vi, e seus olhos azuis tinham uma aparência inquieta que eu normalmente não associava a ele. Tom Darnell era um alto oficial entre os alquimistas e ganhou sua posição através de ações decisivas e intensa ética de trabalho. Ele sempre pareceu heróico quando eu era mais nova, intensamente confiante e inspirador. Agora, ele parecia ter medo de mim, o que não fazia sentido. Ele não estava bravo? Afinal, eu era uma das responsáveis por seu filho ter sido preso pelos Alquimistas.

"Gostei de você ter vindo até aqui," ele adicionou, depois que alguns momentos de desconfortável silêncio se passaram. "Eu sei, essa é uma longa viagem especialmente num fim de semana. "

"Isso de forma alguma é um problema, senhor," disse esperando soar confiante. " Estou feliz por ajudar com... qualquer coisa que precise." Eu continuo perguntando o que exatamente isso poderia ser.

Ele me estudou por alguns segundos e deu um breve aceno de cabeça. "Você é muito dedicada, " ele disse. "Como seu pai."

Não respondi. Sabia que aquele comentário tinha a intenção de ser um elogio, mas eu não via dessa forma.

Tom limpou sua garganta. "Bem, então. Vamos deixar isso de lado. Eu realmente não quero te incomodar além do necessário."

Novamente, eu capturei aquela vibração nervosa e diferente. Por que ele estaria tão consciencioso dos meus sentimentos? Depois do que eu tinha feito a seu filho, Keith, eu teria esperado por fúria e acusações. Tom me abriu a porta e fez um gesto para eu seguir adiante.

"Posso trazer meu café, senhor?"

"Claro."

Ele me levou de volta ao corredor de concreto, através de mais algumas portas fechadas. Segurei meu café com força o cobrindo com a mão, muito mais assustada do que estava quando entrei a primeira vez nesse lugar. Tom deu uma parada algumas portas para baixo, na frente de uma com luz vermelha, mas hesitou antes de abrí-la.

"Preciso que você saiba... aquilo que você fez foi incrivelmente corajoso, " ele disse, não encontrando meus olhos. "Eu sei que você e Keith eram - são - amigos, e não deve ter sido fácil entregá-lo. Isso mostra o quão você é comprometida com seu trabalho - algo que não é fácil quando sentimentos pessoais estão envolvidos."

Keith e eu não éramos amigos agora ou naquela época, mas eu imaginava que poderia entender o engano de Tom. Keith viveu com minha família por um verão, e mais tarde, eu e ele trabalhamos juntos em Palm Springs. Entregá-lo por seus crimes de forma alguma foi difícil para mim. Na verdade até gostei. Vendo a aflição no rosto de Tom, mesmo assim, eu sabia que não poderia dizer nada parecido com aquilo.

Eu engoli. "Bem. Nosso trabalho é importante,senhor."

Ele me deu um sorriso triste. "Sim. Com certeza é."

A porta tinha um teclado de segurança. Tom digitou uma série de dez dígitos, e a fechadura clicou em aceitação. Ele empurrou a porta aberta, e eu o segui para dentro. A desolada sala era fracamente iluminada e tinha três pessoas dentro, inicialmente não me dei conta o que a sala continha. Eu soube imediamente que os outros eram Alquimistas. Caso contrário, não teria nenhuma outra razão para eles estaram naquele lugar. E, é claro, eles possuíam sinais que os denunciavam e que poderiam ser identificados por mim mesmo numa rua lotada. Trajes de negócios em cores não definidas. As tatuagens de lírio dourado brilhando em suas bochechas esquerda. Essa era a uniformidade que nós dividíamos. Éramos um exército secreto, a espreita nas sombras de nossos companheiros humanos.

Três deles estavam segurando pranchetas e olhando para uma das paredes. Foi quando percebi o propósito desta sala. A janela na parede dava para outro quarto, um muito mais iluminado do que esse.

E Keith Darnell estava naquela sala.

Ele se atirou no vidro que nos separava e começou espancá-lo. Meu coração acelerou, e dei alguns passos assustados para trás, certa de que ele viria atrás de mim. Levei um momento para perceber que ele não poderia realmente me ver. Relaxei um pouco. Bem pouco. O vidro era espelho somente de um lado. Ele pressionou suas mãos no vidro, olhando freneticamente de lá pra cá nas faces que ele sabia estarem ali mas que não podia ver.

"Por favor, por favor", ele chorava. "Deixe-me sair. Por favor deixe-me sair daqui."

Keith parecia mais barbudo desde a última vez que o vi. Seu cabelo estava despenteado e parecia não ter sido cortado em nosso mês separados. Ele vestia um macacão cinza sem estampas, do tipo que você via em prisioneiros ou pacientes mentais, que me lembrava o concreto da entrada. O mais evidente de tudo era o desespero, terror em seus olhos – ou melhor, olho. Keith tinha perdido um de seus olhos em um ataque de vampiros que ajudei secretamente a orquestrar. Nenhum dos Alquimistas sabia disso, assim como nenhum deles sabiam sobre como Keith violentou minha irmã mais velha Carly. Duvidei que Tom Darnell teria me elogiado pela minha “dedicação” se ele ficasse sabendo sobre meu ato de vingança. Vendo o estado que Keith estava agora, me senti um pouco mal por ele – e especialmente mal por Tom, cujo o rosto estava preenchido com uma dor profunda. Contudo, eu continuava não me sentindo mal pelo que fiz à Keith. Não pela detenção e nem pelo olho. Colocando as coisas de maneira simples, Keith Darnell era uma pessoa má.

“Tenho certeza que reconheceu Keith, “ disse uma das Alquimistas com prancheta. Seu cabelo grisalho estava enrolado em um apertado e arrumado coque.

“Sim senhora, “ eu disse.

Eu estava salva de qualquer outra resposta quando Keith bateu no vidro com fúria renovada. “Por favor! Estou falando sério! Qualquer coisa que queiram. Eu farei tudo. Eu direi tudo. Eu acredito em tudo. Por favor, só não me mande de volta para lá!”

Ambos, Tom e eu recuamos, mas os outros Alquimistas olharam com imparcialidade clínica e rabiscavam algumas notas em suas pranchetas. A mulher de coque olhou novamente para mim como se não tivesse sido interrompida. “O jovem senhor Darnell tem passado algum tempo em um de nossos Centros de Re-educação. Uma medida infeliz – mas necessária. Seu tráfico ilícito de mercadoria foi com certeza ruim, mas sua colaboração com os vampiros é imperdoável. Embora ele reivindique não ter ligações com eles... bem, nós não podemos ter certeza. Mesmo que ele esteja dizendo a verdade, ainda existe a possibilidade que essa transgressão possa expandir para algo mais – não só a colaboração com o Moroi, mas também Strigoi. Fazendo o que temos feito o mantém longe desse terreno escorregadio.”

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