terça-feira, 15 de maio de 2012

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FANFIC: MAKE YOU HAPPY


Make you happy

Autora: Vitória/ @_VitooriaR
Classificação: +14
Categorias: Vampire Academy / Bloodlines
Gêneros: Romance
Capítulos: Único


Lá estava ele, Adrian Ivashkov, mais uma vez vagando bêbado pela Corte, naquele inverno rigoroso, sem se importar, tentando apenas esquecer o que ela havia lhe feito. Para ele, estava começando parecer que não havia bebida suficiente no mundo para que conseguisse isso. E com toda certeza, ele tentava, mas nada fazia esse efeito. Parecia que nem mesmo a dor do vento extremamente frio teria esse efeito.
O lugar, naquele frio e sua paisagem plana, fazia com que o sentimento desse ficasse ainda pior. “Talvez fosse melhor apenas... Desistir”, pensou ele. Era tudo monótono demais para alguém que procurava esquecer, principalmente por saber que poderia esbarrar nela a qualquer momento.

Mesmo com a forte segurança dali, nada impediria que um Moroi o visse e fizesse um enorme escândalo sobre sua situação, algo que seria totalmente esperado e que pioraria sua situação pois seria obrigado a encontrar Lissa.

-Hey Addy – uma voz suave, feminina, o chamou e ele se virou para ver quem era sua dona.

Bastou vê-la para que parte de sobriedade voltasse automaticamente. “Ela era simplesmente perfeita.” Era impossível ela ser Moroi pelas evidentes curvas, tão bem marcadas, mesmo usando roupas de frio. Seus cabelos eram longos e negros e balançavam com a brisa. Os seus olhos azuis tinham um tom misterioso, porém, totalmente hipnotizantes. 

-Quem é você, docinho? – perguntou, sorrindo sedutor, aproximando-se um pouco dela.

E ali estava ele, perguntando á ela, com aquele sorriso extremamente atraente, mesmo nas atuais condições. Ainda que bêbado e abalado emocionalmente, Adrian se encontrava maravilhosamente lindo. Seus cabelos castanhos claro bagunçados propositalmente. Seus olhos esmeraldas e brilhantes lhe encarando com curiosidade e admiração – como os de uma criança. E para um Moroi, via-se que ele tinha um físico bem definido.

-Quem é você? – ele repetiu a pergunta, dando outro passo em sua direção.

Ela franziu o nariz. Era possível sentir o cheiro de álcool vindo dele. Seria impossível conversar com ele naquelas situações. Teria que usar a outra opção.

-Eu sou Julie – ela sorriu docemente, ignorando o cheiro e estendendo-lhe a mão, que foi recebida com um beijo – e você deve ser o famoso Adrian Ivashkov.

-Eu prefiro o modo como me chamou antes. Ady-dyy? – ele balançou a cabeça, dando uma gargalhada, assustando-a – mas não sou tão famoso assim, de qualquer maneira.

- Bem, querido, diga isso para outra pessoa que não saiba o que está passando – o sorriso agora era triste, assim como ela se sentia por ele.

 “Por que vê-la sorrir triste assim, por minha causa, meu sofrimento, me faz sentir bem e mal ao mesmo tempo?” se perguntou, estranhando o efeito que ela causava nele.

-O que quer comigo, Julie? – ele a viu suspirar e sorrir amorosamente para ele.

- Ajudá-lo, Addy – estendeu a mão, e sem pensar, ele a pegou, mas ao se aproximar, se sentiu um pouco tonto, e para ajudá-lo, Julie colocou seus braços na cintura dele, para lhe dar apoio.

-Obrigado.

Ele ficou em silencio, enquanto iam até um carro bem distante dali. Conseguia sentir apenas um pouco de perfume (pôde reconhecê-lo como Enchated) vindo dela, na medida, que se misturava com um delicioso cheiro de baunilha e morangos.

Também estava totalmente consciente dos braços e da mão dela – tão delicados e macios – ao seu redor. Gostaria de saber como seria a sensação dela lhe tocando mais abertamente e... “Concentre-se Adrian. Mal a conhece e pensa essas besteiras. Ela é diferente”, pensou, percebendo que já estavam no carro. Depois de dar as instruções ao motorista, Julie puxou-o para dentro do carro, que por dentro, parecia uma versão menor – porém, ainda muito confortável – de uma limusine. 

Adrian com toda certeza não deixaria aquele silencio permanecer por muito tempo.

-Então, quem te chamou para me buscar? – Adrian perguntou e por um momento ela se perguntou do que ele estava falando, mas logo compreendeu.

-Addy, meu amor – disse, rindo um pouco – ninguém, na verdade... Lissa ficou preocupada mas não deve ter tido tempo para pensar nisso.

- Lissa? – vendo a confusão dela, ele esclareceu o que estava pensando – é que os outros costumam chamá-la de Rainha Vasilisa.

Ela percebeu o “erro” e corou. Se Adrian descobrisse de onde ela viera, acharia que ela era uma louca por ter feito tudo o que fez.

- Hum, acho que é muito difícil falar o nome dela – deu de ombros, tendo um assunto em mente para mudar o rumo da conversa – eu precisarei tirar sua embriaguez para conversarmos seriamente. E não posso esperá-lo melhorar naturalmente.
- O que vai fazer?

- É algo estranho, mas funciona... Só tem um ritual meio diferente – ela corou apenas de pensar naquilo. Queria, mas era completamente constrangedor.

-Diga-me, estou ficando muito curioso – o sorriso dele se alargou, mostrando os dentes perfeitamente alinhados e brancos (tendo apenas dois um pouco mais pontudos).

- Eu teria que te beijar – ela confessou, mesmo aquela não sendo toda a verdade. E Adrian percebeu isso também.

-Só beijar? Se quiser, que façamos isso agora – ele se aproximou de uma vez dela, fazendo com que ficassem extremamente pertos um do outro – diga-me, meu amor, há algo mais não há?

Ela estava se sentindo confortável com a invasão de espaço de Adrian. “Estaria melhor ainda se não houvesse nenhum espaço para ser dividido” pensou, mordendo o lábio, enquanto sua mente trabalha em imaginar isso.

- E então? – a voz dele tirou-a do transe e fez com que corasse com os pensamentos que havia tido há pouco.

- Bem – suspirou, desistindo – eu não criei essas regras, para deixar claro. Eu teria que beijá-lo e deixá-lo, hum... Excitado.

-E quem garante que um não faça o trabalho do outro? – sussurrou roucamente (n/a: morri demais aqui, que inveja eterna) em seu ouvido, fazendo com que ela se arrepiasse.
- Isso, Addy, é o que veremos – e sem nenhum pingo de vergonha, sentou-se no colo dele e deu-lhe um selinho rápido e ficou ali, esperando chegarem ao hotel.

Adrian estava gostando extremamente de Julie sentada em seu colo e aquele seu rápido beijo que ela lhe dera, havia dado uma enorme vontade de provar ainda mais dela. Ele também acreditava que era um pouco bipolar já que antes viera toda selvagem e agora, toda vez que tinha alguma curva ou algo similar e Adrian a segurava bem firme para que ela não caísse, ela corava.

Uma vez na vida, ele agradeceu pela Corte ser longe da cidade. E também aproveitava a viagem mais que nunca.

-Já estávamos chegando? – Julie perguntou ao motorista e recebeu um aceno do mesmo. Tinha que admitir que estava gostando um pouco demais daquela situação. E também era um pouco constrangedor já que toda vez que Adrian a apertava, seus pensamentos seguiam para um caminho impróprio, o que fazia com que corasse.

-Está querendo se livrar de mim, bruxinha? – sussurrou e ela negou com a cabeça – você sabe que quero ficar sóbrio logo, não é?

Por ela chamá-la de Addy, ele decidiu chamá-la de bruxinha. “Que irônico.” E mal sabia ele que ela estava mais ansiosa que o próprio para o tal feitiço. Mesmo com o álcool, o beijo de Adrian tinha gosto interessante.

- Você quer jogar algo até lá? – sugeriu, com o intuito de mudar o assunto.

- O que você quiser, bruxinha.

- Addy, o jogo é bem simples. Verdade ou conseqüência. Conhece? 

- Claro que sim – ele percebeu que ela iria levantar e puxou sua mão – fica. Eu não acho que seja preciso a mudança de localização.

-Sim, Addy, é – ela puxou sua mão delicadamente e sorriu – só posso te dizer, querido, que sou uma mulher de conseqüências.
O sorriso era cheio de significados. Mas ela apenas queria deixar claro que gostava de Adrian e mais ainda, que queria se divertir com ele.

“Uma mulher de conseqüências... Provavelmente nunca vi uma assim, que traria boas” pensou, devolvendo o sorriso.

- Eu começo. Verdade ou conseqüência, bruxinha? – fitou aqueles hipnotizantes olhos azuis, desafiando-a.

- Escolherei verdade, para que comece bem o jogo. Lembrando, querido, que eu saberei se mentir para mim.

-Certo – bufou e fez a primeira pergunta que lhe veio à mente – por que veio me ajudar? O que você é?

Não havia poucas perguntas na mente dele sobre Julie. Se falasse todas levaria o resto da viagem e mais um pouco. Apenas porque ela parecia completamente cercada de mistério. Um mistério que, por sinal, o atraia extremamente.

- Foram duas perguntas, mas respondê-las-ei de boa fé. Acho, Addy, que depois de tudo, alguém tinha que te ajudar a superá-la. Seu sofrimento atinge a muitos, mas me atingiu principalmente e cá estou.

Ele suspirou. Não queria acreditar naquelas palavras, mas elas soavam verdadeiras demais para não serem ouvidas.

- E sobre a segunda pergunta... Eu sou humana – ele arregalou os olhos, surpreso e descrente – bem, não muito, mas algo assim.

Era difícil acreditar que ela, Julie, com sua perfeição sobrenatural até mesmo no mundo de Adrian, fosse humana.

- Sua vez agora, humaninha – ele deu uma risada e Julie deu um tapa em seu braço, ainda que não estivesse realmente brava – eu escolho conseqüência.

- Addy, Addy, me vingarei pela “humaninha” – ela sorriu diabolicamente, algo estranho para alguém com a aparência de um anjo – escolhe a opção um, dois ou três?

- Você já pensou nisso? – perguntou, e ela apenas deu de ombros – eu escolho a opção dois.

-Eu amo este numero. E sua conseqüência é a melhor. Terá que fazer um strip-tease só para mim, querido. Pode ficar com a cueca, mas quero ver sensualidade, sim?

Sorrindo para ela, ele se levantou – á medida que o carro permitia – e olhou para ela, fazendo uma pergunta que se respondida positivamente, fá-lo-ia um Moroi feliz.

-Não quer me ajudar?

- Hum, Addy, acho melhor deixarmos seu showzinho para quando chegarmos, se não Carl vai ver também – apesar de ela ter usado um tom divertido, forçou uma expressão séria, para ver se Adrian iria realmente fazer aquilo, bem ali, no meio do carro.

-Mas talvez depois não vai querer ver e é só usar um pouco de compulsão para fazê-lo não ver.

- Adrian, não me envergonhe – ela disse, mesmo estando muito curiosa para o show, mas como ele estava bêbado, naquela situação, havia boas chances dele cair ali no carro e se machucar.

Alguns poucos minutos depois já estavam no hotel, Julie o estava apoiando e juntos caminharam até a sala da recepção. Ela o deixou sentado em um sofá ali, enquanto iria conversar com o recepcionista.

- Olá, seja bem vinda ao Hotel La Luna!

- Eu reservei uma suíte, a maior daqui, Julie Ivashkov – com um sorriso doce, pegou as chaves e depois, apoiando Adrian, foram até o elevador.

Ela não é realmente uma Ivashkov, apenas usou o sobrenome para se registrar.

Para ele, a mulher parecia cada vez mais incrível com seu mistério e seu modo de agir, como um anjo – doce e amável – que apareceu quando ele mais precisava.

- Sente-se, vou buscar uma roupa para você trocar quando eu tirar sua quase embriaguez – ela o deixou sentado em um sofá, indo para outro cômodo. O lugar era ótimo, bastante espaçoso, com uma enorme cama no centro com cobertas negras de seda – como Adrian já estava acostumado. Havia também mobílias de madeira com detalhes sofisticados. Uma passagem mostrava um pouco do banheiro que deveria ser tão ostentoso quanto o próprio quarto.

Um pouco cambaleante, ele caminhou até a cama e deitou, suspirando com a sensação boa da seda contra si.

- Bem, se você quiser tomar banho, já tem roupa aqui – ele virou para vê-la e ficou bem impressionado.

Julie havia se trocado. Não usava mais blusa de frio, mostrando que estava apenas com uma regata branca, e ao invés dos jeans, usava um short preto. Sorria inocentemente enquanto colocava as roupas para ele, ao seu lado, logo se sentando.

Adrian se endireitou, com uma expressão divertida, quando finalmente quebrou o curto silêncio.

- E então, quando começa a fazer à mágica? 

- Hum, seria estranho começar assim não, não é? – ela deu uma risada tímida, mas seus pensamentos foram completamente cortados quando Adrian puxou-a para si.

Quando começou a beijá-lo, sentiu o gosto acido da bebida, mas ainda assim, o beijo não perdia o gosto doce dos lábios dele. Ele a empurrou suavemente contra a cama, ficando por cima, sem nunca parar de beijá-la. Acaba a confusão, Julie apertou-o mais contra si, prendendo suas pernas ao redor do quadril dele.

Quando finalmente se separaram para respirar, ele parecia mais ofegante que ela, por mais que parecesse impossível.

- Hum, você sabe que eu não pude efetuar o “feitiço” pelo susto, não é? – ele negou e Julie puxou-o para mais um beijo.

Antes o beijo era surpreso e – apesar de tudo – calmo, agora mudara completamente. Tornara-se quente, selvagem e até emocionante. Adrian fazia um percurso no corpo dela com suas mãos, enquanto ela habilmente tirava sua blusa. Quando a jogou longe, ela ficou impressionada com o corpo definido de Adrian, parando alguns segundos para admirá-lo.

- Acho que não seria justo eu ficar menos vestido que você – a voz dele estava sóbria e foi isso que a fez se afastar.

-Bem, vá tomar seu banho que eu preciso conversar – levantou-se da cama e andou até o que sofá e deitou lá, fechando os olhos enquanto ouvia a porta do banheiro se fechando.
Enquanto a água quente caia sobre os ombros de Adrian, ele tentava entender o que havia acontecido ali. No segundo beijo, sentira toda a neblina da sua mente desaparecer e então uma aura em uma mistura de vermelho e dourado quase o engoliu.
-De onde ela é? – suspirou, sentindo-se relaxar em contato com a água quente.

Os beijos mudaram alguma coisa nele. Fora o maior período que ficara sem pensar em Rose e mesmo quando pensava, logo passava. Era claro que não a perdoara ou a esquecera, mas a dor parecia suportável agora.

Desligou o chuveiro e depois de colocar as roupas que ela havia lhe entregado e arrumar o cabelo, saiu para encontrá-la dormindo no sofá.

-Com sono em? – murmurou e depois a pegou com cuidado e deitou-a na cama, observando como o rosto dela parecia, realmente, o de um anjo. Ele também estava cansado, por isso se deitou ao lado dela, fechando os olhos até finalmente entrar em um sono tão profundo e calmo que parecia que a loucura do espírito havia sido aprisionada.

Quando Julie acordou e foi se espreguiçar, sentiu os braços de Adrian ao seu redor e pulou na cama, exasperada. No susto, fizera ele acordar.
-Desculpa, desculpe-me mesmo, eu não me lembro de ter dormido e... – ela falava tão rápido, sentindo-se culpada por ter o acordado já que parecia que ele tinha tido um sono muito bom antes de ela ter sido completamente atrapalhada e tê-lo acordado.

- Tudo bem – ele deu um sorriso divertido, quando ela voltou a sentar a seu lado – e então, o que queria falar comigo?

-Bem, Addy... É que eu vim basicamente a te ajudar o que passou com a damphir bitch, também conhecida como Rose, e é para isso que estou aqui.

- E como pretendia fazer isso? – as palavras eram puras malicia e ela sorriu sedutora, colocando sua mão no peito dele, sendo que ele, em resposta, colocou a própria em cima.

-O que você acha? – quando ele dirigiu-se para beijá-la, Julie foi para trás e fez uma expressão indignada – eu não sou tão fácil assim, Ivashkov.

- Sério? Você está me torturando, bruxinha.

Ela se aproximou dele, ajoelhando-se, ficando frente a frente á ele, e com um tom sedutor murmurou:

-Você nem consegue imaginar o quanto eu estou me segurando para simplesmente te agarrar, Addy – o Moroi, parecendo instigado, prendeu-a com os braços e em tom similar ao dela, disse, espalhando alguns beijos no pescoço dela.

-E o que te impede, Julie?

Quando os beijos começaram a ficarem mais famintos, ela sentia o próprio corpo em chamas. Os braços dele ao redor, sempre a puxando mais para perto, parecendo até mesmo um pouco possessivos.

Carregando-a, ele a levou para a cama e deu uma enorme risada com o susto dela. Julie rapidamente prendeu as pernas na cintura dele, com medo de soltá-lo. Ela sentiu as mãos dele por seu corpo e logo se viu sem sua regata.

- Você é rápido, Ivashkov – murmurou e parou de beijá-lo para poder, novamente, admirar o corpo de Adrian. Passou sua unha provocantemente pelo abdômen perfeito dele, parando na barra de sua calça, com um olhar maroto.

Parecia que havia quebrado o limite dele. E assim como o de Adrian, o dela também quebrou.

Quando Adrian acordou, a primeira coisa que lhe veio à cabeça fora a lembrança da noite anterior e isso lhe fez dar um sorriso torto. Sentia ela encolhida em seus braços.

-Eu estou acordada, sabe – a voz dela lhe soava como sinos e quando se virou para vê-lo, ele pode perceber como os olhos azuis dela brilhavam.

Fora a melhor noite que ele tivera em muito tempo. Parecia que estava se sentindo bem melhor, sem um peso, algo como uma felicidade.

-Isso é bom – ele deu um longo beijo nela e ela pareceu lembrar de algo. Afastou-se e se levantou, vestindo as roupas bem rapidamente.

- Eu vou tomar banho, depois preciso falar com você, de verdade, dessa vez – deu um selinho rápido e correu até lá.

Ele estava confuso, porque de um minuto para outro, ela começara a agir estranhamente. 

Alguns minutos (muitos na verdade), ela saiu do banheiro, já vestida para sair, encontrando um confuso Adrian sentado, apenas de jeans, sem nenhuma camiseta (o que possivelmente já era uma grande tentação).

-O que foi?

-Eu tenho que ir – ela falou rápido, de modo que talvez pretendesse que ele não entendesse. E mesmo que ele não tivesse entendido, a aura dela entregava-a completamente.

-Você tem que ir... Por quê? 

-Adrian – ele queria desviar os olhos dos dela, mas parecia uma missão impossível. Ela ajoelhou-se em sua frente, carinhando o rosto dele com doçura – eu tenho que ir... Eu não pertenço a este lugar, nem a você, apesar de querer que fosse assim.

- Eu não quero que você me deixe - ele a abraçou forte, querendo-a manter ali para sempre, apenas para si – e mesmo que for, não te esquecerei. Será da mesma maneira que foi com Rose... 

-Eu não espero que entenda – ela abraçou-o também e beijou o pescoço dele (único lugar que conseguia,ali) – mas tenho que fazer isso, para que a história continue... Vim apenas para te salvar da queda para as sombras.

Ele permaneceu quieto, sentindo que não poderia perdê-la. Não poderia perder mais ninguém. Mesmo que não a tivesse visto por muito tempo, ela mudara algo nele. Ele podia sentir.

-Tenho que ir agora e te farei me esquecer – quando ele ia protestar,ela apertou-o ainda mais no abraço – eu te amo e sei que vai estranhar por achar que não te conheço, mas Adrian, saiba que eu acredito em você.
Ela afastou-se e deu um longo beijo nele, sentindo o feitiço começar a agir na mente de Adrian.

-Eu te amo, Addy – dizendo isso, se levantou e deixou-o ali, sentindo seu coração apertar por fazer isso. Agora, ele pensaria que tivera uma noite miserável e talvez até voltasse ao estado de antes, porém não havia tantos riscos.

Era o que ela menos queria, deixá-lo. Ela sabia toda a história, de tudo, desde que quando ele conhecera Rose (até antes disso, quando Rose começou a se apaixonar por Dimitri) até o triste fim dessa história. Ela teria que voltar ao próprio mundo.

As coisas seguiriam. Ela já fizera sua parte.

“Devo ter tido uma noite ruim”, pensou ele, encontrando-se no mesmo quarto que passara a noite, bem acompanhado.

-Não estou bêbado – e não estou infeliz, pensou pra si mesmo, surpreso. Ele não sabia o que acontecera, mas aquilo tirara quase toda a dor que sentia por Rose.

Algo acontecera. Algo o fizera feliz.


THE END

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